terça-feira, 18 de maio de 2010

Across my universe

Começo agora a escrever,mas ainda com os dedos meio travados. Não sei se foi sempre uma desculpa, mas pra que eu começasse a escrever tudo precisava estar em perfeita harmonia. Precisava estar num parque com sol, com um cachimbo, com uma boa música e só assim poderia começar um texto de uma maneira interessante. A questão é que esse momento nunca chegaria e esse cara que vos escreve precisa começar e, principalmente, terminar alguma coisa.

O que eu não gosto nesse livro é a incerteza que me cerca agora que me impede de saber se eu vou chegar ao final ou não. O que eu detesto é o receio que eu tenho de opiniões dos outros, que acaba por embaralhar ainda mais minhas idéias e impedir que eu as escreva. E ainda tem essas coisas de pensar “meus pais podem ler isso”. Tenho que ter em mente que é algo MEU.

Independente do que minha cabeça ache correto ou diferente ou interessante, independente do que as regras lingüísticas digam, sigo esse livro com um objetivo muito claro: expressão. É através de virgulas excessivas, frases despontuadas ou palavras inventadas que eu quero contar uma historia. Uma historia que, já vos adianto, inclui bastante ficção! As coisas realistas demais costumam ser muito chatas. Mas também não me convém o surrealismo de novelas das oito.